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… não mais sozinho

A minha frente, um casal vejo
Mãos dadas, bem próximos
Olhares que se tocam…
sorrisos que viram beijo.

Ela, com cabelos longos que balançam
soltos, lindos e suaves ao vento.
Ele sem nada demais,
apenas um coração que sonha ao relento.

Por que que dois mundo assim
se uniram para se tornar um?
Foi por capricho do destino
ou existe algo em comum?

Essas duas silhuetas se vão contra o Sol
a passos firmes, retos e serenos.
Caminham ao horizonte, pra achar mais,
pra viver um amor que não é pequeno.

Passo a passo, beijo a beijo…
será que ainda não percebi,
O que é essa sombra não sai de mim?
Sou eu que estou ali?

Agora as marcas que andavam
pelo chão da estrada calma
se elevaram na noite fria
e encontram a Estrela d’Alva.

Essa cena toda me acompanha,
parece que é um sonho andejo…
Mas é real, sinto um aroma doce
não é das estrelas… é o seu cheiro.

Com um leve toque de sua mão,
em meu rosto já molhado do sereno,
fez bater mais forte meu coração,
que estava machucado, murcho e pequeno.

Aquela sombra apaixonada era minha,
era eu e você andando pela vida,
contra o Sol, a favor do dia
buscando, juntos, a nossa poesia.

Não solte minha mão, vem comigo,
preciso de você nessa descoberta,
só você pode encontrar
por onde anda a alma inquieta desse poeta.

Distante, mas aqui…

Por que tu estás tão longe?
Olho pra frente e não te vejo,
está além de meus olhos, no horizonte?
Queria tu bem perto, no meu lado esquerdo.

Vem pra perto de mim,
se enrosca em meu peito largo,
a noite não pode acabar sem ti,
fica, sempre, ao meu lado?

Abro os braços para um abraço,
inspiro para um afago…
Mas não te acho ao abraçar
e nem te sinto ao respirar.

A vida tende ser cruel a quem ama?
Distância és tu essa dor infama?
Que separa os dois corpos
e as duas almas aproxima?

Agora sou eu contra a noite,
longe de ti eu fico triste,
cada madrugada dói feito açoite.
Mas quem ama, resiste.

Agora durmo pensando no céu,
minha Estrela do Norte.
A ti, essa poesia no papel.
A mim, boa noite e boa sorte.

ao Dia Internacional da Mulher…

Raios alaranjados riscam o céu, tudo fica com um belo tom dourado, olho por entre os galhos das árvores e vejo os raios de sol incidirem em meus olhos e aquecerem minha alma. Fecho os olhos pra sentir o momento e os sinos badalam seis vezes anunciando mais um fim de tarde… “a tardinha à Nossa Senhora” maior mulher desse mundo. Hoje é dia 08 de março, Dia Internacional das Mulheres.
Euforicamente esperei o céu ser tingido para poder escrever essas palavras pra um futuro bom pra todas as mulheres (alguém aqui sabe porque esperei o céu estar tingido). Pensei no que eu poderia escrever pra homengear à todas igualmente.
Vasculhei em meus pensamentos algumas belas frases, algumas lindas poesias, busquei fotos nos arquivos de meus olhos… mas é difícil encontrar algum símbolo que represente todo o amor e toda a importância que as mulheres tem em minha vida. Não é estranho e nem errado afirmar que o homem vive em função do sexo oposto, quase tudo o que fazemos é para vocês, mulheres de nossas vidas.
A gente é concebido pelo ventre da mais importante mulher de nossas vidas, mulher essa que tem o sexto sentido, mulher essa que implica, briga, é chata… mas que aconselha, acalma, traz paz, abraça e AMA… infinitamente. Mamãe esse também é seu dia!
Quando começamos a sair do seio materno começamos a conhecer outras mulheres que não são como as mães… são meninas que brincamos juntos, que crescemos juntos, que estudamos juntos, que conhecemos o mundo juntos e que temos tantas histórias que nem podemos mensurar ou, que preferimos não contar. São mulheres estrelas que sempre estarão brilhando para nós, sempre lá, minhas eternas amigas.
Mas dentre essas estrelinhas do meu céu, tem algumas que caem até na Terra e se tranformam em algo a mais… chegam e tomam um espaço em branco que tínhamos até então em nossas vidas. Estrelas que se transformam em flores que enfeitam e enchem o nosso coração de encanto.
Eu e as mulheres… Eu e a felicidade!

Mulheres de minha vida, parabéns pelo seu dia!

De seu eterno adimirador,
Lucas Negri

houve um tempo que eu tinha tudo…

Houve um tempo que eu tinha tudo.
era bem o que eu precisava,
para mim, todo o meu mundo,
já que era tudo o que eu amava.

O todo era mais calmo, sereno,
o horizonte era bem mais largo,
o Sol mais brilhante
e qualquer problema, pequeno.

Meus pensamentos se iam campo afora,
não tinham limites ou razão
era só fechar os olhos, pensar nela
e todo mal ia-se embora.

O crepúsculo era como um quadro sendo pintado,
cores vivas. Vermelho, amarelo, alaranjado.
E quando a noite resolvia cair
um monte de pingos brilhavam no céu,
tudo me fazia sorrir,
eu era uma criança com um pote de mel.

Mas há dias que amanhecem cinzas,
porque nem sempre há aurora brilhante.
Aquilo que me era o tudo,
mudou por um instante.

Os pássaros já não cantavam afinados
e nem o café tinha mais aquele aroma.
O que aconteceu? Perdemos da vida a carona?
Ou só meus olhos foram desvendados?

Acho que foi a vida que se mostrou real,
com toda a dor que nos torna humanos,
fazendo cair as máscaras que sobraram do Carnaval.

Será que era tudo o que amava?
Para mim, era todo meu mundo?
Era bem o que eu precisava?
Houve, mesmo, um tempo que eu tinha tudo?

sem sentido…

O que (ainda) nesse mundo faz sentido?
Para pra ver o Sol nascer?
Chorar pra lavar os olhos de ternura?
Rir pra não ter medo?

Pensar pra encontrar o perdido?
Crer pra ter aquilo que não se pode ver?
Amar pra ter nela a doçura?
Sonhar, mesmo que seja em segredo?

Sorte minha que são as duvidas,
as companheiras dos sábios,
que movem esse sonhador pra onde for.
Sorte (ainda) que eu preciso parar, chorar,
rir, pensar, crer, amar e sonhar.

Quem tem isso tem porque acreditar que tudo no mundo (ainda) faz sentido.


maio 2024
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